DESTAQUE DA SEMANA: Entre o basquete e o futebol, um craque chamado Breno Zanolla


O menino nasceu com os pais incentivando o basquete, mas sempre quis ser goleiro desde os sete anos. Agora, dividido, ele é craque nas duas modalidades

  

O menino Breno Zanolla, fã de Kevin Durant e e Gianluigi Buffon, nasceu para ser atleta e jogar com as mãos. Ou no gol do futebol, onde tem uma carreira promissora ou no basquete, onde é um craque. Teve o privilégio de poucos meninos da sua idade: ser dirigido no basquete inicialmente pela mãe, Rosana Lucas, no Corinthians e, agora, com o pai, Renato Zanolla Filho, ex-jogador e agora técnico do Tênis Clube/Overtime, de São Bernardo do Campo, na categoria sub-15, Campeonato da Grande São Paulo, organizado pela Federação Paulista de Basketball (FPB), onde no último domingo (6/5), contra o invicto Campineiro de Regatas/Akdmia, bateu seu recorde pessoal ao marcar 33 pontos que era de 28 pontos no Sul-Americano de Novo Hamburgo-RS, contra o Náutico-PE. Não evitou a derrota (67 a 62) da sua equipe, mas jogou como nunca.

 

 

Com a desenvoltura de um veterano, Breno Zanolla é o tipo do jogador que todo técnico gostaria de ter em sua equipe. É um polifuncional em quadra ou, como queira no bom português, um polivalente. Joga tanto nas posições de armador (1) escolta (2) e também de ala (3). Mas como o técnico precisa, ajuda a equipe na posição 4 (ala de força) e até na posição de pivô (5), se for necessário. “Ele é muito esforçado e determinado. Isso o faz um atleta completo”, comenta o técnico e pai, Renato Zanolla.

Nome completo: Breno Lucas Zanolla

Local de nascimento: São Paulo, Capital

Data de nascimento: 07/10/2003 (15 anos)

Altura: 1,87m

Posição no basquete: ala/armador (2) e ala (3)

Posição no futebol: goleiro (1)

Clubes que jogou no basquete: Corinthians (sub-12 e sub-13) e São Bernardo Tênis Clube (sub-14 e agora sub-15)

Breno joga futebol desde os sete anos de idade, onde já passou pelo Corinthians,  Palmeiras e Portuguesa de Desportos. Pela influência dos pais, Renato e Rosana, começou a se interessar pelo basquete jogando no sub-12, no Corinthians, em 2015. Em 2016, conseguia conciliar as duas coisas: jogar futebol e o basquete. 

 

No entanto, a partir de 2017, o futebol virou prioridade. Foi contratado pelo Red Bull Brasil, cujo Centro de Treinamento é em Jarinu. E o basquete acabou ficando de lado, apesar do envolvimento do pai e da mãe com a modalidade.

 

O pai conta que ao ser contratado pelo Tênis Clube de São Bernardo, que é patrocinado pela Overtime, a história se repetiu. “Com o aval do presidente do Tênis Clube, levei o Breno comigo com a condição que por conta do futebol ele treinaria somente uma vez por semana e minha conversa com ele (Breno) é que ele teria que estar em melhores condições que os outros jogadores da equipe. Ele aceitou o desafio e foi um dos destaques da equipe no sub-14, acabando o campeonato como o quinto cestinha”, conta orgulhoso o pai e técnico.

 


Neste ano de 2018, Breno foi morar em Jarinu e treinar futebol no Red Bull, como um promissor goleiro. Para não parar com o basquete, o pai e técnico Renato, do Tênis Clube de São Bernardo do Campo, fez uma logística de treinos aos sábado e jogos em casa aos domingos. Por incrível que possa parecer, a evolução de Breno é surpreendente. “Ele está evoluindo, mesmo treinando uma vez por semana. A rotina de treinos dele e jogos é de segunda a segunda e são raros os momentos de folgas, mas ele está muito empenhado porque é determinado nas duas modalidades”, afirma Renato Zanolla.

 

“Olha treino a semana toda futebol e no fim de semana quando volto para casa dos meus pais e se o jogo for domingo, treino de sábado e jogo no dia seguinte. E se o jogo for no sábado, vou direto paro o jogo sem problema nenhum”, adianta Breno.

 

Renato conta ainda que é “uma responsabilidade muito grande ser técnico dele, porque acabo cobrando dele muito mais do que dos outros atletas, mas ao mesmo tempo é uma satisfação enorme poder contribuir na evolução como atleta e compartilhar a cada jogo todas às emoções que o mesmo oferece. Toda formação do Breno foi feita pela mãe (Rosana Lucas), que foi sua primeira técnica e que o iniciou no basquete competitivo. Ela foi a grande responsável pelo desenvolvimento dos fundamentos do jogo que ele tem hoje”, confessa Renato.

 

Com relação ser dirigido inicialmente pela mãe e agora pelo pai, Breno é categórico. “Para mim é um grande privilégio, porque além de me apoiar bastante, posso aprender muito com eles em todos os sentidos”, garante.

 

                   OS RECORDES DE BRENO

Categoria      Jogo/Adversário                                    Pontos

Sub-13     Corinthians 48 x 38 Mauá/Girafinhas           19 pts

Sub-14     São Bernardo TC 46x 39 Jacareí/ABJ            23 pts

Sub-14     São Bernardo TC 59 x 63 Náutico-PE             28 pts

 Sub-15     São Bernardo TC 62 x 67 Regatas/Akdmia   33 pts  


Ele joga na posição 2 e 3 mas consegue desempenhar bem e ajudar muito a sua equipe em qualquer função que o jogo pedir e isso com certeza é mérito todo dele, mas a mãe (Rosana Lucas) que foi sua primeira técnica e que iniciou ele no basquete competitivo foi a grande responsável pelo desenvolvimento dos fundamentos do jogo dele.

No futebol é fã incondicional do italiano Buffon, astro do gol da Juventus e da Azzura. “Além de ser um líder dentro e fora de campo é um goleiro bem técnico”, confessa. No basquete, sua inspiração é no craque Kevin Durant, do Golden State Warriors.  “É um jogador alto para a posição, porém é muito habilidoso, com um bom chute e se precisar armar o jogo ele arma com muita categoria”.

 

Breno, por enquanto faz tudo com naturalidade. Tanto na quadra, como jogador sub-15 do Tênis Clube/Overtime, como goleiro do Red Bull Brasil. Porém, sabe que uma hora terá que tomar uma decisão de ser atleta do basquete ou do futebol. “Com certeza será uma escolha muito difícil, mas na hora de decidir vou escolhor o que for melhor para mim”, adianta. “Até agora está dando para conciliar as duas coisas.  Lá na frente ai toma a decisão para onde vou seguir minha vida no esporte”, completa Breno.

    

Por Juarez Araújo