Guerrinha no comando: o líder experiente na busca por mais um título paulista para o São Paulo


Créditos: Miguel Schincariol/Saopaulofc.net

O São Paulo Futebol Clube disputa a Divisão Especial A-1 do Campeonato Paulista masculino de basquete com o objetivo de conquistar o segundo título da competição nos últimos quatro anos. Vencedor em 2021, vice em 2022 e semifinalista em 2023, o Tricolor Paulista manteve o elenco experiente da temporada passada e hoje conta com um reforço importantíssimo ao lado da quadra. Alguém que conhece muito bem os caminhos para levar a equipe à disputa do troféu: o técnico Jorge Guerra, o Guerrinha.

Como treinador, Guerrinha conquistou o Paulista quatro vezes: em 1999, 2013 e 2014 pelo Bauru Basket e, em 2016, pelo Mogi Basquete. Busca agora seu primeiro título pelo São Paulo. Sob seu comando nesta temporada, o Tricolor está em quarto lugar na classificação e, no próximo domingo, (11/08) tentará subir na tabela ao enfrentar o Mogi, terceiro colocado, às 11h no ginásio do Morumbis.

Créditos: Rubens Chiri/Saopaulofc.net

Em entrevista especial, o vitorioso técnico respondeu às perguntas do site oficial da Federação Paulista de Basketball.

1) Como você está se sentindo nestes primeiros meses no comando do São Paulo Futebol Clube? Já teve tempo para implementar suas ideias?

R = Lógico que não (rs)! Muitas vezes levamos temporadas inteiras para um time ter o sincronismo com a comissão técnica. Os jogadores já têm entre eles, mas com um sistema um pouquinho diferente. Então isso leva um tempinho…Estamos ainda no início de preparação física para toda a temporada e já enfrentando jogos duríssimos no Paulista como acontece todo ano. Então, ainda vamos levar um bom tempo, pelo menos até a metade da temporada, para começar a ter o nosso jeito de jogar. A equipe tinha coisas boas, mas nós podemos acrescentar outras.

2) O São Paulo tem um elenco recheado de atletas experientes. Seria essa a grande vantagem da equipe em comparação com as outras equipes que disputam o Paulista?

R = Acho que nos playoffs sim. Mas a temporada regular é muito desgaste e nós precisamos ter também a energia dos mais novos. Estamos fazendo uma parceria com os times sub-18 e sub-20 e com a equipe da LDB do São Paulo há dois meses, mas os meninos ainda estão vivenciando esse momento novo. O que é diferente dos outros clubes que já jogam há muito tempo juntos com esse objetivo integrado. A experiência é importante, mas para a construção do campeonato é fundamental ter mais gente para haver um revezamento.

3) Este projeto de basquete profissional do São Paulo é recente, mas já alcançou ótimos resultados. O que você vê de diferente no clube para que esses resultados tenham chegado tão rápido?

R = Sem dúvida já é um projeto vencedor que já começou bem feito, com um trabalho dentro e fora da quadra excelentes. A estrutura que o São Paulo oferece é excelente, as instalações…Há tranquilidade para se trabalhar em um clube muito bem organizado… A tendência é a gente continuar esse trabalho, fortalecendo a cada temporada e, se Deus quiser, transformar esse trabalho em mais títulos também.

4) Você é um dos maiores vencedores da história do basquetebol brasileiro, tendo no currículo, inclusive, quatro campeonatos paulistas. Quais são as suas lembranças dessas conquistas?

R = As lembranças são sempre muito legais. Foi um trabalho bem realizado, no qual conquistei e deixei de conquistar títulos. Já estou na minha 27ª temporada como treinador e foram 22 temporadas como jogador de adulto. É uma boa caminhada, que nos traz mais tranquilidade, mais experiência para lidar com momentos de dificuldade e poder ajudar os mais jovens tanto da comissão técnica como entre os jogadores. É um movimento contínuo em que é preciso ter humildade para continuar trabalhando, trabalhando, trabalhando…

5) O Campeonato Paulista adulto é o mais disputado entre os estaduais no Brasil. O que uma equipe precisa para conquistar o título da competição? O que o São Paulo terá que fazer para ser campeão e repetir a temporada de 2021?

R = O Paulista é um campeonato muito atípico. Das 10 equipes que participam da edição desse ano, oito delas estão no NBB. Elas têm um ótimo nível, além de tradição no basquete. Há equipes em diferentes níveis de preparação, equipes com jogadores se recuperando de lesão… Acho um campeonato duro e com várias equipes com possibilidade de chegar ao título. Isso é legal. E nós vamos brigar.