Rio Claro (SP) – O Paulistano CORPe é bicampeão paulista de basquete. A conquista foi alcançada em vitória na final diante do Corinthians, 83 a 82, nesta quarta-feira (18), no Ginásio Felipe Karam. Em uma partida emocionante e inesquecível, repleta de reviravoltas, Anderson aproveitou rebote no último ataque para garantir a taça do Campeonato Paulista da Divisão Especial Masculina.

“Concluímos o Paulista 2023 com o êxito que esperávamos. Tivemos no Final Four uma decisão acirrada, definida nos segundos finais e destacando o alto nível do basquetebol paulista. Parabenizo as quatro equipes participantes, em especial o Paulistano pelo título e o Corinthians pelo que mostrou em quadra. Agradeço a cidade de Rio Claro, que abraçou o Final Four, nossos parceiros, apoiadores e toda a comunidade do basquete paulista”, afirmou Enyo Correia, presidente da FPB.

O título conquistado entra para a vitoriosa história esportiva do Paulistano e coroa o projeto de valorização de jovens talentos. Dos 12 atletas que participaram do Final Four do Paulista, dez defenderam o clube em competições das categorias de base.

Na campanha, o time comandado pelo técnico Demétrius demonstrou garra e comprometimento, com crescimento na hora certa. Após oscilações nas fases classificatórias, a equipe branca e vermelha mostrou força nas partidas eliminatórias, superando o Pinheiros nas quartas e o Sesi Franca na semifinal, para chegar à decisão.

O treinador Demétrius fez questão de ressaltar o tema logo após a vitória, ainda em quadra em Rio Claro. “Esse resultado não é dessa semana ou dessa temporada. Vem sendo plantado há alguns anos, com a base e o apoio que a diretoria do Paulistano vem dando, acreditando em projeto a longo prazo, dando segurança. E agora está colhendo o resultado, os frutos de um projeto”.

Vitorioso no Metropolitano de 1944, campeão Paulista em 2017 e do NBB em 2018, referência nacional na revelação de atletas, o basquete do Paulistano escreve novo capítulo glorioso.

Final equilibrada

Após minutos iniciais de domínio do Paulistano/CORPe, os dois primeiros quartos foram de equilíbrio e trocas de liderança. O Corinthians conseguiu ser mais preciso nos arremessos e saiu para o intervalo na frente, 42 a 40.

O Corinthians controlou as ações na volta para o terceiro quarto e chegou a abrir 16 pontos (62 a 46). Os atletas do time branco e vermelho não desistiram e, pouco a pouco, cortaram a desvantagem. No início do quarto período, o placar apontava 65 a 60 para o Corinthians. A ponta foi retomada a 4min25s do fim, em cesta de três pontos de Kevin Crescenzi: 71 a 70. Ele assumiu de vez o comando do ataque e anotou 9 de seus 22 pontos no último quarto.

Os dois minutos derradeiros foram de emoção pura. A 1’44” do fim, Victão converteu dois lances livres para colocar o Clube à frente, 79 a 77. No ataque seguinte, Hettsheimeir acertou de fora para o Corinthians, que passava para a liderar por 80 a 79. Não havia quem respirasse normalmente a partir deste momento.

Ponto a ponto até o final

Novamente Crescenzi, a 20 segundos para o término, anotou em infiltração e ainda sofreu a falta: 81 a 80. Na reposição de bola do Paulistano, porém, Onwenu interceptou para o Corinthians e acionou Cauê, que sofreu a falta e pontuou nos dois lances livres. Faltavam 11 segundos e o Paulistano/CORPe perdia por 82 a 81.

Olho no relógio e momento decisivo. No último ataque do CAP, Vinícius Mogi arrancou, arriscou da cabeça do garrafão e acertou o aro. Então, Anderson apareceu no rebote e, com um tapinha, fez a cesta que rendeu o troféu ao time branco e vermelho.

“Final nada mais é que um jogo que a gente vem treinando, ficou muito feliz de fazer parte desta história, eles acreditaram em mim desde a base, obrigado, só tenho a agradecer”, disse o ala Anderson.

MVP

O armador Kevin Crescenzi foi foi eleito o MVP (most valuable player, em inglês), ou melhor jogador da final. Com 22 pontos, 6 assistências e 6 rebotes, ele também se afirmou como liderança junto aos garotos da equipe.

“É ótimo, estou muito feliz e orgulhoso desse time também. Eu, que estava na quadra, quase infartei [com o final apertado no placar], nem imagino os coaches e os torcedores. Lutamos até o final e foi especial”, falou Crescenzi.