Pode gritar, Duane Johnson! O Mogi Basquete está de volta às finais do Paulista!
A partida entre Mogi Basquete e Pinheiros na noite desta quinta-feira (02/10) no Ginásio Hugo Ramos entra para a história como uma das mais emocionantes em todas as edições do Campeonato Paulista. Marcada por tensão e êxtase de torcida em um dos templos da modalidade, a vitória mogiana por 98 a 87 significou a volta de uma das mais tradicionais equipes de basquetebol do Brasil às finais do Estadual após 16 anos. A última vez que Mogi disputou a decisão foi em 2016, quando venceu Bauru e sagrou-se bicampeão.

Crédito: William Oliveira
Agora, Sesi Franca (que garantiu vaga ao eliminar o Mr.Moo São José Basketaball) e Mogi decidem quem será o vencedor da 48a edição da Divisão Especial A-1 Masculina em série melhor de cinco jogos, a partir da próxima segunda-feira (06/10), às 20h. As demais partidas serão distribuídas da seguinte forma:
Jogo 2 – 09/10 – 19h – Ginásio Pedrocão (Franca)
Jogo 3 – 10/10 – 19h – Ginásio Pedrocão (Franca)
Jogo 4 (se necessário) – 13/10 – 20h – Ginásio Hugão (Mogi das Cruzes)
Jogo 5 (se necessário) – 15/10 – 19h – Ginásio Pedrocão (Franca)
Todos os jogos serão transmitidos ao vivo pelo canal da Federação Paulista de Basketball no YouTube.
Confira aqui todos os lances da partida na transmissão da FPB
Leia abaixo um resumo do jogo
MOGI BASQUETE 98 X 87 PINHEIROS
Se por um lado a derrota doída significou a eliminação na competição, ao mesmo tempo o desempenho em Mogi provou que uma nova geração muito valorosa saiu da tradicional fábrica de talentos do Pinheiros. Depois de perder a primeira partida das semifinais em casa, o jovem time da capital paulista não se intimidou com a pressão vinda da arquibancada e jogou de igual para igual com o Mogi, perdendo a partida na prorrogação, após comandar o placar na maior parte do jogo.
Por sua vez, para Mogi a vitória e a classificação para as finais mostram que a montagem do elenco foi bem feita e que o novo projeto de gestão do clube começa com pé direito, permitindo ao torcedor sonhar com uma boa temporada em 2025.

Crédito: William Oliveira
Com a bola em jogo no Hugão, o placar baixo do primeiro quarto – 19 a 13 para o Pinheiros – foi um reflexo dos muitos erros ofensivos das duas equipes. Ainda assim, a jovem equipe pinheirense foi melhor na primeira etapa e aproveitou momentos de instabilidade do Mogi para abrir vantagem de 10 pontos em boa parte do segundo quarto.
Mas o time de Mogi das Cruzes soube se ajustar e com bom aproveitamento do armador Raffael “Menca” (14 pontos até o intervalo) encostou no placar, colocando fogo nos momentos finais antes do intervalo. Pinheiros, no entanto, se manteve na liderança do jogo e foi para o intervalo vencendo por 42 a 36.
Na volta do vestiário, Mogi forçou bastante o jogo, seguiu falhando nas conclusões e permitindo ao Pinheiros contra-ataques que a equipe da capital paulista soube aproveitar bem em boa parte da parcial. Só que o basquete é um jogo cheio de surpresas e que exige concentração total o tempo todo…

Crédito: William Oliveira
Faltando pouco menos que 4 minutos para o final do quarto, após Mogi se tornar mais agressivo na defesa, foi Pinheiros quem passou a perder bolas na defesa e permitir contra-ataques para o adversário. Assim, a torcida presente ao ginásio Hugão “explodiu” e viu a terceira parcial terminar com sua equipe se aproximando do rival: 64 a 59.
O último quarto, como esperado, foi marcado por muita tensão. Mogi partiu com tudo em busca da virada, mas Pinheiros conseguiu se segurar, trabalhando bem as jogadas e explorando o nervosismo do adversário. Só que pequenos erros pinheirenses, somados à eficiência de Mogi na defesa e no ataque, mudaram a história do jogo. Indo para o tudo ou nada, o Mogi Basquete conseguiu levar a partida para a prorrogação com uma cesta fantástica do americano Duane Johnson no estouro do cronômetro. Delírio na arquibancada e partida empatada em 85 a 85!
Neste momento, o aspecto psicológico fez a diferença a favor de Mogi. Incendiado por seu torcedor, o time comandado pelo técnico Fernando Penna, conseguiu a virada, abriu vantagem no placar e soube administrar o tempo a seu favor para deixar a quadra com uma grande vitória, digna de suas tradições.
O jogo foi tão equilibrado que dois jogadores, um de cada equipe, terminaram a partida como cestinhas: Menca, por Mogi, e Cauã Pacheco, do Pinheiros, ambos com 21 pontos. Com 17 pontos e cestas em momentos primordiais para Mogi, Duane Johnson também merece destaque.