Atletas do Mogi das Cruzes/Helbor apresentam evolução em testes físicos


Preparação

Há pelo menos três temporadas, os jogadores do Mogi das Cruzes/Helbor passam por uma bateria de testes físicos para avaliar a capacidade de cada um em cada quesito. Nesta segunda-feira (17), o professor João Borin, do Departamento de Ciência do Esporte da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) esteve novamente no Ginásio Hugo Ramos para analisar o percentual de gordura, a impulsão, a agilidade, a velocidade e a capacidade cardiorrespiratória de cada atleta.

O professor gostou dos resultados apresentados pelo grupo durante a temporada passada e também neste início de pré-temporada. “A gente já vem acompanhando a equipe de Mogi há alguns anos e os atletas tiveram uma evolução interessante não só durante a temporada, mas também na volta das férias. Temos um planejamento e passamos para eles que a cada volta das férias voltem melhor do que a anterior. Eles sabem disso e este ano voltaram um pouco melhor do que na passada. A gente trabalha de uma forma que a parte física está mais envolvida não só fora de quadra, com academia, corrida, mas também dentro da quadra. Então, a parte física, tática e técnica estão sempre envolvidas. Ao longo do tempo eles vêm evoluindo, principalmente pelas especificidades do jeito que a comissão técnica trabalha e a partir daí, em conjunto, fazendo com que o time esteja vindo melhor a cada início de temporada”, destaca Borin.

O trabalho feito nesta segunda-feira deve ser repetido em dezembro e vai complementar com informações mais precisas as atividades desenvolvidas pelo preparador físico Eric Ruiz. “A gente usa isso como parâmetro e tem de trabalhar assim para individualizar o trabalho, conseguir fracionar o que cada um está precisando, se tem desnível no salto quando pula com uma perna só, se uma perna está mais potente do que a outra para igualar essas diferenças. E também dá para saber qual atleta está na frente de outro e conseguir colocar na quadra um time que é mais veloz. Isso ajuda a buscar algumas estratégias. O jogo de basquete é xadrez. Você tem alguns mecanismos na mão para sair na frente do adversário e pode resultar em vantagem”, ressalta o preparador.

Para o técnico Guerrinha, com as mudanças no jogo durante os anos, a evolução física se torna essencial para uma equipe ir bem nas competições. “Eles voltaram melhor que na temporada passada, mas precisam melhorar mais a parte muscular. O fôlego está ótimo, mas falta o trabalho de perna, que é normal. É um trabalho que a cada temporada está evoluindo mais porque o jogo está mais rápido, mais físico, mais veloz. Então, cada vez mais é preciso se fortalecer fisicamente, porque a parte tática é em função da parte física.”

Recém-chegado à equipe, o ala-pivô Rafa Moreira havia feito algo parecido há cerca de dez anos e saiu bem satisfeito das avaliações feitas neste início de trabalho. “Pré-temporada é isso. Treino, preparação física como essa de hoje para saber como está cada um. Estamos nos preparando para começar o Paulista da melhor maneira possível fisicamente, sem lesões e esse trabalho é fundamental, porque vai dar saúde para os jogadores em todos os campeonatos que disputarmos”, adverte o camisa 3 do Mogi das Cruzes/Helbor.